quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Dias vividos...









Por curiosidade fiz um cálculo, hoje (15/10/2009, agora 23:16 horas), para saber quanto tempo já vivi, quantos dias tenho vivido...



Encontrei neste site, uma calculadora incrível que calcula cada milisegundo vivido... e descobri nada mais que 12.622 dias...

http://www.installengenharia.com.br/Helio/calculadora.htm

e ai pensei... 365 dias no ano... bom pelo menos 4.380 dias passei brincando... 3.300 dias passei trabalhando... 5.840 dias passei estudando... aproximadamente 540 dias esperando meus filhos... e a gente nem se dá conta de cada hora do dia... parece que um dia não é nada... uma semana é tão pouco, um mês passa tão rápido... e ai descobrimos que uma vida passa tão rápido...

vamos viver a vida, cada segundo intensamente... é necessário mudar os paradigmas, mudar os valores... na vida temos que fazer escolhas, temos que estabelecer prioridades...
quando somos crianças esperamos ansiosos por crescer... e quando crescemos queremos terminar os estudos, trabalhar... contruir a vida, conquistar, conseguir, e fazer... comprar... queremos casa, carro, queremos possuir, para isso trabalhamos aproximadamente a metade da vida... e ai??? um dia vamos envelhecer, e descobrir que não aproveitamos aquilo de melhor... não aproveitamos a melhor fase...

Como lidar com tudo isso... como dosar o quanto aproveitar, o quanto trabalhar... o que conquistar... o que comprar...

é preciso pensar muito... aprender a mudar os conceitos, os preconceitos... é necessário mudar os paradigmas... olhar a vida pelo outro lado, de fora para dentro, aprender a ver quem somos e o que buscamos, o que queremos, o que conquistamos, ou a quem conquistamos...


Como está escrito na música:

Pais E Filhos
Legião Urbana
"É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Por que se você parar
Prá pensar
Na verdade não há..."


VAMOS VIVER...

BJS


CONSTRUCÃO
Chico Buarque (Brazil) - 1971

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acbou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contramão atrapalhando o sábado